Português
Vaguei pela imensidão que me rodeia,
Desprovido de certezas e emoções passageiras,
destinadas aos comuns mortais.
Quem sou pouco importa,
O próprio tempo, outrora meu aliado, esqueceu o meu rosto,
E passa por mim como uma sombra,
Alheio ao peso da minha alma.
A certeza da solidão impele a minha revolta,
Que apenas se manifesta no eco ríspido do meu silêncio.
Ríspido, como todas a palavras proferidas no dia em que tudo mudou.
A ténue linha que me prende a este mundo inicia lentamente o seu eventual colapso.
Escorre uma lágrima, e parante um melancólico luar entendo:
serei sempre um prisioneiro do meu próprio ser.
Quem sou pouco importa, sou um espectro do passado e um fragmento de um futuro incerto.
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