Não sei se crer na sombra ou no luar,
Sendo isso verdade e eu Moby Dick
Não sei se crer na sombra ou no luar
Da noite escura, no monstro que
que pertence a outros e a mim mais que todos,
Pois isso são o que são os sonhos,
Dando sobre o mar a impressão
De serem monstros marinhos,
Negros quanto os medonhos rochedos,
Sendo isso verdade e eu Moby Dick
Do género dos demónios que há, e eu penso
Se será verdade o que sinto, Moby Dick eu,
Sombra do luar, segredo obscuro guarda o mar
De mim, marinheiro sem barco, delfim eu,
Não sei se crer na sombra ou no luar,
Cansado de ser espuma, ponho-me a sonhar
Ser isso verdade e eu Moby Dick,
Não sei se crer mais no mistério que no mar
Inteiro, sendo nele que vejo o céu descer
E o horizonte lunar quieto… cedo
Desperto eu, consciente que ele me leva p’la mão,
Não sei se crer na sombra ou no lugar
Onde me acrescento ao medo,
Sendo Moby Dick eu,
Isso são o que distam sonhos meus,
À inquietações de ser, que me dói mais hoje
E que antes nunca .
Jorge Santos(07/2017)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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