Mundo

 

Mundo

Português

Mundo demente,
doente da vida que imaginou, capítulo a capítulo,
e nunca teve.
E segue, peremptório, amarrado
a essa trajectória incorrigível;
mundo compassivo, vil, mudo,
a viver de tanto respirar fundo.
Absurdo. Surdo ante a insolvência humana, mundana;
falência nevrálgica das aspirações que, longe, se despedaçaram sem
ruído. Lá, onde a liberdade é um segredo com que sonham
estranhos conhecidos, gente de passagem por convicções passageiras; didácticas, convenientes.
E o mundo urde.
Flecha sacramental a caminho da ferida lambida.

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