A DAMA DA PRIMAVERA
A Primavera é como a bela dama,
Tem sua vida deleitosa e honesta,
Leva seu único amor para a cama,
A sua vida é de alegria e de festa.
As suas belas faces, são candura,
A sua gestão dura só três meses,
Segue-se o Verão, calor e secura,
Que enche as praias de fregueses.
Mais formosa do que a primavera,
Não existe nenhuma outra estação,
Nem qualquer e mais nobre dama.
É terna mãe que muito amor gera,
Apenas amor lhe nasce no coração,
Essa sua beleza goza de boa fama.
Torres Novas, 14/07/2010
A CONTAR AS ESTRELAS
Autor: Manuel Mar
Pus-me a contar as estrelas,
Contei milhares e adormeci,
Fiquei maravilhado a vê-las,
Mas sonhei pensando em ti.
Tu eras a mais linda estrela,
De todas aquelas que eu vi,
A lua parecia até mais bela,
Minha paixão crescia por ti!
Foi ao romper da alvorada,
Que acordei do sonho lindo,
Fui feliz sonhando contigo.
Tu era a estrela bem-amada,
Tão feliz que fiquei sorrindo,
Foi um sonho muito querido.
Manuel Mar.
Torres Novas, 29/05/2015
A Ditosa Flor!
Autor: Manuel Mar
A natureza é linda na Primavera,
Ficam os campos cobertos de flores,
Sabe bem passear lá com os amores,
Mas quem os não tem se desespera.
Quem não os tem que vá procurar,
E se não sabe peça a quem souber,
Para casar a ninguém falte mulher
Pois a ninguém o amor há-de faltar.
Bastará ir ao jardim colher as flores,
E onde há flores, as mulheres lá vão,
E poderás escolher lá o que quiseres.
Quem não tem sorte com os amores,
É porque não lhes dá a consideração,
A ditosa flor precisa só que a esmeres.
Manuel Mar.
Torres Novas, 1/07/2016
A DOCE PAIXÃO Autor: Manuel Mar Bem doce foi a paixão que senti, Vendo o circo a teu lado sentado, Do espectáculo muito pouco eu vi, Só pensava em ser o teu namorado. As nossas mãos se entrelaçaram, No amor que mudou o meu destino, As nossas palavras não destoavam, Era o prazer perfeito do amor divino. Nem sentimos o espectáculo acabar, Ficámos embevecidos pela emoção, Extasiados e de amor a transbordar, Tinha o meu grande amor para te dar, No meu peito batia forte o coração, Alvoraçado pelo desejo de te amar. Torres Novas, 13/05/2015 A ESSÊNCIA DO AMOR Autor: Manuel Mar A essência do amor é o puro desejo De querer possuir o corpo e a alma Com imensa segurança, mas calma A quem se quer amar e dar o beijo! O amor habita em qualquer cabeça Mas agita de forma geral o coração E que cresce e se transforma paixão Que vence tudo e às vezes tropeça! A força do amor é tão extravagante Que é meiga e fiel a todo o instante Mas se perde se transforma em ódio! Se, neste mundo, reinasse só o amor? A nossa situação seria muito melhor Sem se sofrer do actual pandemónio! Manuel Mar. Torres Novas, 23/07/2016 A Musa Encantada! Autor: Manuel Mar Reparei em ti ainda era um menino, Que via nos teus olhos a luz a faiscar, E na tua alma fiz meus sonhos morar, Para procurar ver neles meu destino. Mas meus sonhos só o teu corpo viam, E beijavam os teus lábios com prazer, Sem nenhuma palavra te poder dizer, Porque os meus olhos e boca dormiam. Já era grande quando voltei a sonhar, Passaram os anos quase sem eu notar, Julguei ter perdido a musa encantada. Mas senti bater forte o meu coração, E o alvorecer do sol da minha paixão, Quando ela disse ser a minha amada. Manuel Mar. ® Torres Novas, 15/07/2016 A Minha Rosa! Autor: Manuel Mar A minha paixão pelas lindas rosas, Nasceu um dia espontaneamente, E fiz tudo para guardar a semente, Porque eram tão belas e formosas. Mas essa semente não quis nascer, E eu fiquei muito triste e desolado, Que fui falar com o vizinho do lado, Para saber como deveria proceder. E disse-me ele: “A rosa é muito bela, Mas é velhaca e só pega por estaca, Tem os espinhos que picam a gente”. Que picava já isso sabia bem dela, Sobre o resto a sabedoria era fraca, Graças ao vizinho fiquei contente. Torres Novas, 17/05/2016 Foto: Net A MOURA DO NABÃO Autor: Manuel Mar Vivia uma moura enfeitiçada, Perto da nascente do Nabão, No Buraco do Velho morava, Sozinha numa vida de solidão. Quando ia buscar água ao rio, Levava sempre a infusa na mão, E fazia um sinal com o assobio, Que parecia até chamar o cão. Lá da serra respondia um lobo, O Lobisomem diziam no povo, Lá do alto uivando sem cessar. A bela moura seguia apressada, Levando a infusa sempre usada, Com água para sua sede matar. Torres Novas, 8/05/1999
Comentários
Conterrâneos!
Gosto muito da sua forma de escrever e fico contente por alguém com o seu génio ser da minha zona!
Cumps