Irisório

 

Irisório

Português

Procurava felicidade rápida

Executava planos do fantástico

Utilizava uma energia muito prática

Não era um grande matemático.

 

Perdoei a minha divida

Fiz aventuras muito próprias

Corrigi a minha investida

Deixei de agir em prol de atitudes óbvias.

 

Gostei de existir naquele passado

Hoje sinto a nostalgia do que fui.

Por vezes, foi bastante atribulado,

Segui esses momentos como quem evolui.

 

Adjacente há minha vontade!

Existia toda uma comitiva,

A pressão que insere-me na sociedade,

Que em cada esquina

Fazem de mentira ideologia de verdade!

O tumulto acontece, tal como, o ataque da brilhante ave de rapina.

 

Eu conheci os deuses no momento certo,

Ainda tentaram-me ludibriar os humanos,

A razão não os acompanhava nas atitudes do correto,

Existiram e existem bárbaros e romanos.

Todo o bolo estava de sabor incerto,

Todo o sentimento nós damos e roubamos.

A penitência de querer não ser infeliz

Fez-me perder tempo de existência

Muitas vezes lutei contra o contrário de feliz!

Acabei por experimentar um fraco resultado de experiência.          

Não desisti e fiz de mim um chamariz

De paz com a vida e respeito pela minha existência.

Reflexo daquilo que aconteceu

Todos os dias é “show” no palácio

Sou rei no meu reino em que tudo sou eu

 

Faço da vida um jogo de carater maximizado

Luto e brinco na busca do apogeu

Tento ser um liberto e avançado,

 Em vez, de um mero resignado.

Onde existia perigo não havia o meu eu

Tudo foi premeditado mesmo quando não aconteceu.

 

Previ e hoje vejo,

Resultados de mau uso,

A vontade e o desejo

Num ímpeto de abuso,

Não há respeito no cortejo,

Somos pertença do confuso.

 

Ainda assim visitei os palcos de magia

Repletos de segurança de prazer descontrolado

Nem todos os momentos foram de dia

A noite cria o oposto do que está no livro sagrado.

Muitas vezes não era um espetador mas sim um guia

O tempo e a necessidade faz emanar energia.

Andava vazio no bolso e cheio,

De razão de não querer ser um afortunado,

Em tudo que era momento envolvi-me no meio!

Não precisava a carteira de um milionário,

Para consumir o pecado,

E acertar em cheio,

Na glória do meu estado,

Em comunhão com um estado solidário

De momentos vividos não apenas no imaginário,

Senti o céu e o inferno no meu lado!

Quem sou eu que não receio, de ti ou de mim no meio?

 

Lavei a roupa na máquina

Nunca partilhei a consciência da poluição,

Preferia o refúgio da eletricidade estática,

Que uma desorganizada socialização,

De carater obtusa e errática,

Que pensamos e fazemos na pura situação.

Refletem como nos definimos na prática

Tanto quanto parecido, com a nossa evolução.

 

Acreditava e desacredito

Que a realidade podia ser compreendida

Hoje testemunho e habito

Na famosa falácia que é a vida!

(…)

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