Neste primaveril entardecer
Um intenso sabor de vida paira
Apega e desnuda todo o meu ser
E perante ti, me ergo, vida infinda
Que de fugaz tempo me eterniza
E incessantemente te procuro em cada esquina,
Breve amanhecer de incessante penumbra
Que delicadamente me abraça e recolhe
Para de mim sua alma toldar,
Breves momentos de sublime glória
Que em mim acalenta e desbrava
Perdidos sonhos que em fulgor renascem
E intensas emoções me desdenham,
O somente ser que em mim habita e desabita
E que de indecisão cruelmente me pincela
E em ti encontro o tempo desavindo
Que jamais em mim encontrarei,
E em que a minha essência se afoga
Na sua ausência inundada de cor imensa
Que com terra de ouro desenha o meu olhar
E neste mundo solenemente me beija...
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