Inalterável a dor …

 

Inalterável a dor …

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Inalteráveis as cores, no Homem do depois…

Inalterável é a dor, a cachaça
E um antropólogo em Marte,
Inalterável a minha sede de voyeur
E a metafísica do terror,

Inalterável até o leite
Da Deusa Hera e o que é óbvio, 
Mas eu não altero em nada, 
Seja o que for que sinta,

Seja ele quem for, inclino-me diante
Quem é alterável quanto a minha dor, 
Que alterna entre a brava fúria,
E essa à qual me converto por amor,

Quando uma pessoa quer ver
Repetidamente os mesmos padrões
Nos gestos, nas estrelas mestras 
E os mesmos sorrisos nos rostos dos outros,

Imutáveis quanto o castigo, quer nos céus
Como nas gentes e nos despojos
Que as inúmeras vidas nos deram,
Quando alguém quer tudo isso, herdado e

Duma só vez na breve vida, torna-se autista, 
Inalterável, incolor pó …
Inalteráveis do galo o canto e o temor a Cristo,
O lusco-fusco, o crucifixo e o Confúcio

Se ele existiu, sonhar eu existir não altera
A dinâmica dos sonhos nem a marcha real
Dos dias, também ao manifestar-se, o cosmos 
Ao ouvido meu, parece todo’dia e sempre igual …

Alteremos pois, as cores no Homem de hoje…

Jorge Santos(01/2018)

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Inalterável é a dor, a

Inalterável é a dor, a cachaça
E um antropólogo em Marte,
Inalterável a minha sede de voyeur
E a metafísica do terror,

Inalterável é a dor, a

Inalterável é a dor, a cachaça
E um antropólogo em Marte,
Inalterável a minha sede de voyeur
E a metafísica do terror,

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