Os espinhos são as cruzes da fachada
imaculada do meu obscuro coração.
Sem sentido e desgarrada vivo
em alucinação.
O temor e o pavor que sinto de
um destino desconhecido.
Há quem vá dançar e cantar
sobre as minhas derrotas.
Sentimento hemorrágico…
A ilusão dos sonhadores
dos obscuros poetas dos
obscuros cantores…
Quebram-me como vidro
celebram com um copo de vinho.
Ao meu redor uma verdadeira
Confusão, o que sou o que serei
no meio desta alucinação.
É tão hemorrágico que nada faz
parar este sentimento de confusão
Que continua a rodar…
Perdição…
E quando penso que parou afinal
nada mudou.
Há quem vá dançar e cantar sobre
o meu túmulo enquanto eu vou arranhar
o caixão ate as minhas unhas caírem e dos
dedos começarem a sangrar.
Isto é tão hemorrágico!
A ilusão dos sonhadores o momento
macabro preso a este papel pesado.
No meio disto o meu coração
é hemorrágico submisso e destrutivo
Sangra de tristeza lágrimas sem sal…
Tornasse louco desvairado.
A minha derrota o amor, não há
ódio que não sintam por mim,
Por ali por aqui.
Isto e tão hemorrágico.
Patrícia Marques Vicente
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