Português
Quero ser a cascata íngreme
Que desfaz deformidades
Com a força
Não com a força literal
Mas com a força verbal
Quero matar com palavras
Recarregar as minhas armas
Com argumentos
Disparar consciências
E alvejar a ignorância
Com uma só bala
Um dia
O meu trabalho estará feito
E quando esse dia chegar
Guardarei a minha arma
Na gaveta mais escondida
No meio dos destroços psíquicos
Que ficaram para trás
Mas para isso
Tenho que me matar primeiro a mim
Espero não gastar todas as munições
Patrícia Azevedo
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