Lá do céu caem folhas ressequidas,
Não é outono, mas o fim deste verão.
E ao pensar nas minhas coisas já vividas,
Fico triste… a rir de mim…sou solidão!!!
Vão caindo… todas elas devagar!
Parecendo, não querer chegar ao chão.
E ao seguir esses voos com o olhar,
Fico triste… a rir de mim…sou solidão!!!
Parecem livres… nesses voos inconstantes,
Embora soltas, não são livres… só ilusão.
E ao pensar, na liberdade por instantes,
Fico triste…a rir de mim…sou solidão!!!
E uma a uma, caem todas…nada mudou,
Leva-as o vento, sem saber pra onde vão.
E ao perguntar-me, a mim mesmo, quem eu sou?!!?
Fico triste… a rir de mim…sou solidão!!!
E a arvore, em pouco tempo ficou nua,
Parece agora… em constante oração.
E ao sentir sua prece, à luz da lua,
Fico triste…a rir de mim…sou solidão!!!
Horácio Graça
Setembro de 2010
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