Português
Escritor e mendigo.
Ordeno palavras como um arrumador.
Mendigo versos em cada esquina.
Roubo ideias. É minha sina
ser vagabundo e escritor.
Vasculho páginas como contentores
em que alguns buscam alimento.
Os poemas são o meu sustento.
Pedincho esmolas aos editores.
Adormeço sobre papeis escritos
como mendigo em cama de cartão.
A minha droga é a imaginação.
Fumo as beatas dos meus ditos.
Nenhum trabalho me é destinado
nas empresas da literatura.
Sou vagabundo imaginado,
poeta renegado
para as favelas da cultura.
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