Diário dos imperfeitos
Às vezes preciso tanto de saber
Porque ponho todas as minhas
esperanças nas rosas e ignoro
os malquereres, fazem-me lembrar
O aroma perdido da natureza, a seiva
O desejo de não saber o que quero,
Qual dos caminhos tomo, o coração
Ou o cérebro que não vê, nem tem
Dor odor, imagino milhares na minha
Campa quando não puder mais ver
Nem saber sequer quem as pôs, não
Preciso estar indeciso no que preenche
A divisão da minha alma nem agora,
Nem para sempre, digo quem me dera
Ter a esperança que tinha, líquida
Quanto no parque infantil e criança
Depois demiti-me de ser da terra
Pedaço chão, pedra e encarnei do poeta
O ofício de sonhar um mundo completo
E novo e é nele que ponho esperanças
E dele cuido, como se fosse jardim meu
E todo mundo, mesmo neste imperfeito
Tempo,às vezes preciso mesmo é de
Tempo e de ânimo onde deposite este
Sonho que fiz meu, este é o meu ofício …
Jorge Santos (02/2017)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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