Português
E lá estava,
sorridente e corado, no banco do jardim.
Ela pensava:
quem é este palhaço de Adão?
pensava eu.
Como idiota,
ou romeu,
levantando-me e procurando no andar,
de mãos nos bolsos,
a acreditar na misericórdia do futuro.
O seu olhar....
valia tudo pelo seu olhar.
Mais uma passa,
gola levantada,
e outra passada;
o chão nunca se moveu tão rapido,
e tantas pedras no meu sapato?
Sou um homem ou sou um rato,
pensava eu.
Vou morrer agora,
pensava eu.
E um beijo na bochecha,
corada como a minha,
e a dor passou,
e agora és minha,
pensava eu.
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