Corre! Ainda o apanhas…
Deve ser bom… Repito. O teu amor é estranhamente bom.
Corre. Corre… Um amor é raro… Que toca valsa, ainda mais raro!
Já te disse para correres porque chegarás a ele o mais depressa que puderes. E mesmo que ele ainda não saiba que tens estado à sua espera, mesmo que não enxergue que o mundo lhe pertence, continua a correr porque as tuas pernas poderão continuar a correr e teus braços poderão continuar a voar, teu corpo poderá continuar a suar e tua boca poderá continuar a gemer. E se for preciso poderás continuar a morrer de cansaço de não o ver, pela secura entranhada de espuma que cortará tua voz de contemplação e silêncio. Corre pela liberdade da masmorra de solidão. Corre, nem que seja pela ilusão e depois… Quando a ele chegares, pára! Pára de correr! Pára de fugir. Pára de pensar. Deslumbra-te! E deixa que te observe, que te toque, que te sinta. Deixa que entenda, por um simples olhar, o que o amor poderá um dia revelar.
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