Nunca deveria acordar do silêncio que te trás, no momento seguinte ao que te libertas do que é para ti, para que te tornes na dádiva do que vem De ti. Transbordas te, invadindo me. Poderíamos pensar que somo só tu e eu, sim…poderíamos. Então ergue a vontade aos céus porque o chão termina e o mar interrompe e, de repente, a ravina perigosa onde te pões em bicos dos pés, em pose para saltar, libertando as asas que te mordem tantas e tantas vezes as costas!
São estrelas que me falam quando me devolves o silêncio, na inquietação que insiste em romper laços e voltar a criar, no acto sublime de nos fazer ver a verdade do que somos, por entre os dedos e por entre o fôlego que à noite se faz ouvir. São os lençóis que nos afagam o corpo que abandonamos ao encontro dos sentidos.
Termino onde começas. Faz me crer e conseguirei servir me de mim para que possamos, tu e eu, rasgar as nuvens e olhar o mundo por um canudo.
MJ Moreno
Comentários recentes