Agrestes brumas cerradas em mim sorriem
E a minha alma de dor respira
Incessantemente anjos busco sem tocar o seu sentir
E abraço sons que me trespassam sem pudor
E rasgam a minha alma de imunda dor,
Que me tocam e me dói e somente assim
O meu ser abraça esta realidade
Que me sufoca sem a liberdade me sorrir,
Desta dor que anseio não sentir
E em ti me prostrando, busco o silêncio que me ofusca,
Que me abraça, anjo, que busco e rogo
Apenas o seu sorriso neste gélido breu me aguarda
E me sufoca e, de mim arrasta este viver
Que recuso com as cores do arco-íris pintalgar
E assim grossas lágrimas de medo,
De vos perder nesta longa jornada que habita,
A minha vida em vós ancorada, anjo meu,
Pousa o teu olhar e em meu redor,
E dá-me a mão e conduz-me na procura do meu viver
Por entre estas brumas de breu,
E apenas com a luz me fascinando...
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