Melodia
Quando tudo faz sentido
Há leveza no sorrir,
Movimentos fluídos,
A certeza do sentir.
Olho o céu e sinto paz
E um brilho no olhar,
O que mais me satisfaz
É eu sempre te encontrar!
A certeza do Amor
Está no dar sem receber,
A entrega sem pudor
A ti… a nós… que formamos um só ser!
Entrega
Ela disse: - “ Eu te amo!”,
Ele fugiu com medo
E sem ela perceber,
Ele levou um segredo.
Não faltava sentimento,
Era o medo de arriscar,
Era o simples pensamento:
“E se ela nunca mudar?”
Ele partiu sem dizer
Que a amava de verdade,
Ela ficou a pensar
Que não viviam a mesma realidade!
Distorcida Realidade
- “Porque choras?”-perguntou
E a envolveu num abraço,
- “Não partas!”-respondeu
E se aconchegou no seu regaço.
Ele voltava e logo partia,
Sem motivo aparente,
Ela sempre o recebia,
Sem ver o risco iminente.
Ora o choro compulsivo,
Ora a paixão ardente,
Era o amor obsessivo
Que os levava na corrente.
Abismal
Desespero desmedido,
O insulto destemido,
Ódio, raiva, o abismo
- “Porque foste, meu querido?”
Qual doença, tão enferma
Era a busca da mentira,
Ódio, raiva, o abismo,
Dominada pela ira.
Que profundo sofrimento,
Se instala em seu ser,
O cortante pensamento
“Porque não te posso ter?”
Insensatez
Cai a noite em sua alma,
Chora o rosto a lava ardente,
Não consegue ter a calma,
Nem mais ser, sorridente!
Não há brisa que a inspire,
Cai no fundo, sem corrente.
Não há maré que a fascine,
Cai no poço deprimente!
“Oh! Tão insana dor,
Como arde! Como dói!
Porque quero este amor,
Se ele só me destrói”
A Cura
Os seus olhos areados
Lentamente se abriram,
Estiveram marejados
E já nada eles viam.
“Que doçura que se sente,
Oh leveza do meu ser!
Como pude estar ausente?
Como pude não viver?”
É a Fé que a inspira,
Vontade de acreditar,
Ela sabe que um dia…
Ela vai voltar a Amar!
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