É teu destino ficar só. Exilada do que resta da vida. A tua beleza altiva jamais te pode salvar da morte: a tua existência é o começo e o fim de tudo. Aos deuses nunca vou perdoar a natureza de teu ser. O tempo demora-se em ti sem que haja vozes para te descobrir de novo. Toda a esperança se esgota à medida do teu crescimento. Escrevi todos os poemas possíveis. O verde é efémero. Durmo ao luar e já não regresso. A luz do sol destoa completamente das tuas flores. O absurdo do nada. A água alimenta-te até ao infinito. O vento leva o teu veneno enquanto respira todas as formas dos corpos de modo arbitrário. E os pássaros encontram em ti um abrigo como se todas as casas fossem iguais. Se ao menos as palavras fossem vida e morte ao mesmo tempo. Haja o que houver vou esperar por ti. Esperar apenas.
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