7 de Maio

 

7 de Maio

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7 de Maio

Tarde prisioneira do tempo,
como barco encalhado no cais...
Céu enovelado em tormento...
Até o vento
vai murmurando os seus ´´ais´´.

Os sinos regateiam uma vida
cuja memória se fica pelos anais.
Se até o dia está de partida,
nesta despedida,
Saudade, porque não te vais?

Gaivotas, como corvos, enlutadas,
que meus tristes olhos turvais,
vigiai estas lajes marmoreadas,
agora habitadas
por quem partiu e não volta mais.

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