Sorrio!
Nesta minha insustentável arrogância, cínica. Apetece-me sorrir, só isso.
Há anos, não muitos, chorei. As lagrimas lavaram-me as pestanas,
Clarearam o pensamento. Pairou a lucidez, fria.
Naquele cemitério, uma porta se abriu,
Um novo pensamento se instalou. Entre mármore e granitos,
Rostos sombrios e fechados, pensamentos, dor e tristeza.
Sobressai o cinza do arco-íris da vida. Cinza para cinza. Tudo acaba, ali!
Seja dor, paixão, amor, ganância, ilusão. O que lhe quiserem chamar.
Tão simples… Insignificantes passageiros.
Rio da pincelada cinza que paira. Agora, neste preciso momento. Acabou!
Gosto do seu aspecto, com um sorriso maquiavelicamente cínico,
Aguardo, espero. Viver, ser feliz, também cansa.
Quando me vier recolher, acolho-a. Não me apetece vencer… outra vez.
Carlos de Oliveira
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