Português
Cego! Por momentos fiquei cego.
Uma cegueira salpicada, dolorosa. Imaginei-me sem luz
Sem a minha preciosa visão. Estremeci!
A memória foi chamada. Rostos, momentos, paisagens…
Escalei estes ficheiros, prioridade suprema!
Retirei poeiras, imagens nítidas, precisas sem grão
Contraste e brilhos perfeitos.
O palpebrear agonia-me, há areia, sal ou pimenta.
Sinto o rasgar, profundo, intenso. O abrir e fechar da janela.
Lagrimas seriam um doce. Há um riacho fluente a sair,
Dos meus olhos, cegueira turva de momentos longos
Imaginei-me cegar! Cego não fiquei,
Nesta realidade fria, eu prefiro observar. Minha alma machucar
Mas cego, não! Por favor.
Carlos de Oliveira
Género:
Comentários recentes