O tempo marca as marcas do tempo
Que numa viagem sem destino se prolonga
Caminhando, vagueando ou correndo
Segue seu percurso sem esperar
Sem querer saber se tens rumo ou tino
Sem se preocupar com o teu tempo
Sem parar nem seguir o teu ritmo
Inexoravelmente prossegue o seu trajecto
Quer queiras aproveitar ou ignorar,
Pouco importa, não tens mão nele
Nada o sujeitas, nada podes mudar nele.
Como num comboio desenfreado
Apenas podes se for o teu tempo
Agarrar o braço que se te estende
Subindo o degrau da carruagem
E confortável seguir nele a contento.
Ou se não for o dele o teu destino
Apeares-te na próxima estação.
Não é o tempo que decide o teu risco
É a tua decisão que dele impera,
Se a reconheceres e souberes tomar.
Pois se ficares parado indeciso
Naquele breve e oportuno momento,
Suavemente ele continua a sua linha
E tu no meio do trilho ao vento,
Vê-lo seguir sem ti, cada vez mais longe,
Desaparecendo como um ponto no horizonte.
Ficas em dúvidas e angústias sem saber
Se o medo te tolheu e se te arrependerás
Nunca com certeza o saberás,
Como as oportunidades que se perdem
E não voltam mais no tempo.
Não vale a pena chorares ou ter pena,
O tempo não cede a rogos nem a lágrimas,
Apenas marca a hora que passou!
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