Especada em pé, de coração aberto, exposto e de tantas pedras que te atiram
As que mais desejavas que voltassem ao teu complexo ser são as que te tiram.
Nada mais és que um sublime, possante e forte castelo de pesadelos…
Apenas o teu mais profundo âmago sabe o quanto desejavas não ter de sê-los!
As pedras que te parecem derrubar também te engrandecem e alteiam
Amplificam, constroem e fortificam uma força que já não julgavas ter,
Construíste e mantiveste essa tua secreta fortaleza por tanto tempo…
Como podes pensar desistir e finalmente deixá-la abater?
O que constrói esse castelo e quem és conhece inexoravelmente o seu fim.
Vivemos num ciclo vicioso composto por um infinito demasiado limitado,
A força com que construímos aquilo que ambicionamos é o que mais nos define,
Que mostre o rosto e atire mais e mais pedras quem nunca tenha pecado.
Pára! Pára de deixar ferir pelas pedras que atiram mas que não mereces.
Pára de te esconder, de fugir e de te refugiar apenas nas tuas preces.
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