De joelhos esmurrados, punhos cerrados e lágrimas nos olhos
Beijas, choras e soluças sob o mesmo chão que te viu fracassar.
Com o teu pequeno e frágil coração estilhaçado no peito, exposto
Cravas as mãos nas feridas recentes que te fazem sangrar.
As paredes que julgavas tão bem conhecer e achavas seguras cedem.
Uma parte de ti que pensavas ser eterna é arrancada sem piedade.
Juras feitas por amores que sempre conheceste e que não se medem,
Mas que te deixaram sem rumo e sem sequer ver a verdade.
Como podem eles gritar, dizendo que nunca foste nem serás ninguém
Se não estavam lá quando a dor mais te consumiu e te viram crescer
Como podes chorar de raiva, bater e gritar para o ar e sentir tanta falta
De quem tão prontamente te largou e não se importou de te perder?
Levantas-te, sempre com hesitação, devagar do chão em que sangraste
E fazes por ti o que eles nunca fizeram e o que nunca imaginaste.
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