A floresta rumoreja
Em espasmos crescentes
Tenho tantos rios para dar
e nenhum deserto espera por mim
para florir.
Apenas pedaços sobram
Um sorriso fugidio
Onde as possibilidades moram
Como alimentar um pequeno fogo para que cresça
Assim estou eu contigo
vem sentar-te comigo, querido
à beira rio
Da tua cor, a que mais amo
É esta rosa-salmão, suave e intensa,
Em laivos de fuschia luminoso,
Tantos caminhos de pedras percorri
e eis-me de volta à caverna.
Nómada neste país de imóveis castelos
Uma pele de água
pesada e interna
desmancha-se e cai
como um trapo velho
Serei terra a ser arada
Lagos serenos reflectem a lua
Uma brisa leve eriça as costas da água
Quando a lua nova chega
Posso enfim descansar