Vejo que continuas a iludir-te, isso parte-me o coração. Dizes que não mudaste, que és a mesma pessoa que conheci há muitos anos atrás mas ambos sabemos que não é verdade.
Dizes saber o que é a arte, mas olhas quando devias ver, consideras bonito aquilo que devias sentir, ignoras aquilo que devias enfrentar, falas aquilo que devias escrever.
Não gosto de me sentir impotente perante uma determinada situação. Gosto de ter o controlo sob as coisas, gosto de sentir que tudo está controlado e a correr bem.
Os sonhos conduzem-me à vida que desejo, à vida que receio, à vida que abomino. Não sei se o que sinto é entusiasmo ou medo. Por vezes acordo feliz e por vezes acordo triste.