Passeio de conforto e alma livre,
Onde o grito de outrora adormece.
Onde viajas no tempo que te conhece tão bem.
Sabe dos recantos da tua sede e a vontade da tua vontade.
Ensaiaste a voz do meu silêncio e da natureza da noite.
Fizeste-te ouvir na madrugada vizinha do meu desespero.
Reconheci-te pelo olhar: desperto e comprometido.
De onde veio não sabes,
Não queres saber,
Não te incomoda.
Poeira que te venda os sentidos.
Pequena, incapaz,
Como tu.
Porque sorris?
Sinto-te,
Silêncio verdade.
Aquele que te leu e ditou para mim.
Conheço o tempero da vida.
Gosto da verdade do ser.
E do horizonte que não termina.
Desafio puro, insatisfeito.
Não te deixa sossegar porque exige de ti.
Não entende porque te julgas, nem te julga se tentares de novo.
Pergunto-me que dimensão é essa que te faz respirar baixinho.
Quem são eles e porque te julgam?
Porque lhes dás a tua sombra?
Escondes o que és, convictamente.
Intensidade de sentidos desenfreados do subtil.
Ama-os tanto que os desconhece. Assim o é.
É-o tão sinceramente que afasta o erro do distante e do global que não prevê.