Imagino o que faria se à minha frente se estendessem as águas cinzentas de onde se eleva a Orsunde. Ou quanto tempo demoraria a contemplar as paredes de Rosenborg.
Sabes do que tenho mais medo? Do tempo. Não sei se alguma vez te deste conta mas o tempo não é apenas esta condição pertinaz da vida, sempre indiferente a nós, aos nossos sonhos ou vontades. Não.
Nestes dias, é-me consentido gritar, chorar longas horas, rir…dizer tudo quanto o bom senso não é! Deambular nas ruas, estranhando toda a gente. Ser só.
Usam-se todos os catalisadores, com expectativas de realização. Abrem-se a mudanças, todos os ferrolhos enferrujados, posando em atitude, pousando nos compromissos.