SANTA CRIANÇA MORTE

 

SANTA CRIANÇA MORTE

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SANTA CRIANÇA MORTE

Brincar com o paradoxo, com aquilo que é ambivalente, vida & morte; como num jogo de amarelinha, percorrer "céu & inferno", pulando nas casas, mantendo-se no limite do equilíbrio, porque assumir o risco representa celebrar a vida ao contrário da rotina & monotonia mortificantes. Existe algo de misterioso & mágico na infância. O olhar infantil sobre o escuro, sobre a morte, sobre o universo de coisas que dá forma à vida... A tentativa de retornar à percepção da criança significa resgatar o sentido da existência como fábula. Os retratos das "meninas mortas" são uma paródia da morte. Porque a morte não pode vencer aquele que não acredita nela. Começamos a morrer de fato quando incorporamos racionalmente a morte. Assassinamos a criança que existe dentro de nós quando a visão racional sobre a finitude da existência sobrepõe o mistério, a fantasia, o lúdico. A "menina morta" é a sabotagem do sentido de finitude, da idéia de vida ou morte como tragédia, pois a criança faz da morte um jogo inofensivo. Portanto, retorno à infância para restituir o sentido lúdico & misterioso; negação da morte como esgotamento & colapso, para (RE)pensar a morte como fábula, mistério, simplesmente uma brincadeira infantil. 

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