Sei quem ela é, oh se sei!

Ela permanece contida
Da sua alma tremida
Anseia permanente paz
E já nem sabe como se faz

Transparece cacos de vidro e pinta-os de dourado, apelidando-os de ouro lapidável.
Falando do contemporâneo, pouco em si é tranquilo e muita coisa é favorável.

Mas nem por sombras quebrar
Jamais pode algo implorar
Segue sorridente e sem medo
Só um audaz sente o enredo

Já ela, sente-o diariamente como cruzes invisíveis a si amarradas e em si alojadas.
Torna tudo possível sempre que fecha os olhos e essas mesmas cruzes são, tão bem, ignoradas.

Lê, fala, trabalha, escreve e escuta
Ai dela que vacile qualquer permuta
Mantém firmes os seus ideiais
Mesmo que não agrade aos demais

- O juízo é passageiro. Só surge abanando-nos em pranto, como aquele despertador que toca mais cedo que o habitual, para algo importante.

-30Mar2016-