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A Confiança era um ser muito delicado. Aparecia de repente e ia se instalando aos poucos nos lugares mais inesperados.Usava toda a sua inteligência (era dotada de inúmeras facetas) quando queria persuadir alguém a acreditar nela. E para isso não media esforços. Era muito perspicaz e logo percebia os detalhes que a ninguém mais parecia importar. Isso fazia com que estivesse sempre alerta a tudo o que acontecia e aproveitava todas as oportunidades para se infiltrar no mais íntimo dos sentimentos. Depois de estabelecida, baixava e guarda e isto fazia com que se tornasse vulnerável. Aparecia então a Suspeita, que estava sempre a espreita, para fazer com que a Confiança perdesse aquele seu ar arrogante de quem tudo quer e tudo sabe. Era nesse momento que a Suspeita aproveitava para analisar as fraquezas da Confiança. Sem que a Confiança se desse conta, a Suspeita ia analisando cada palavra proferida por ela e ia tentando encaixar as peças que ela,distraidamente, ia deixando pelo caminho. Cada vez que conseguia juntar uma peça, o jogo se tornava mais interessante e a Suspeita ficava mais intrigada com a confiança que a Confiança tinha nela própria. Não era capaz de perceber que estava sob suspeita e assim, cada vez mais, baixava a guarda e sem perceber, acreditando que todos acreditavam nela, ia cedendo terreno para que a Suspeita se infiltrasse e conseguisse juntar as peças do quebra-cabeça, até que a verdadeira face da Confiança aparecesse. Quando a Confiança percebia que ninguém mais acreditava nela, ficava desesperada e desmentia tudo o que a Suspeita falava dela e tentava de todas as maneiras, recuperar o que não podia mais ser recuperado: A Confiança!
Débora Benvenuti
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Comentários
Coisas pequenas
Escavo sobre o branco do papel sentindo a suavidade do momento, uma brisa suave afaga-me as mãos e as emoções soltam as palavras embrenhadas no sol deste dia de Outono.
Sim, sinto a natureza a pulsar ao meu redor e a fragancia da vida a saltar-me dentro do peito.
Guardo dentro de mim o olhar da Lua, aquele brilho vibrante e transparente que me acorda todas as manhãs e que me faz acreditar que o essencial da vida continua guardado na palma das nossas mãos, como uma "pepita de ouro" uma força sublime que nos ilumina a alma e nos faz sorrir...
O sorriso que desperta sensações infinitas...
Coisas Pequenas
Berta,você escreve maravilhosamente bem. Obrigada por este lindo comentário, Vou te adicionar para que eu possa conhecer um pouco da tua sensibilidade de escritora.
Abraços
Débora
Obrigada
Obrigada pela atenção, sou apenas uma mera sonhadora de palavras.Encontrei este site estes dias e achei uma iniciativa muito interessante, mas confesso que ainda não sei bem como isto funciona.
Achei a sua escrita fascinante....
berta
Sonhadora de Palavras
Mais importante que ser uma sonhadora,é dar vida às palavras. Com certeza,você vai se encantar com elas. Quando começamos a escrever, as palavras saem naturalmente do nosso pensamento e é uma sensação maravilhosa.
Abraços