Diverso-me a julgar,
Esta a hora que passo a cego,
Que importa a parte em
Que possa ser diferente,
Não sei, leio-nem sei bem,
Diverso-me agora, a julgar
Plo que escrevo ao espelho,
Quantos diversos modos,
Este sentir sem olhos d’ver
Em que importa não só
Ser diverso, quanto lúcido,
lírico, porventura Deus,
Dos que fecham sobre
Os olhos, as pálpebras,
Tanta indiferença já vi nelas,
Se houvesse janelas no corpo,
Queria que fosse nos dedos,
Sentiria emoção palpando,
Assim diverso-me a julgar,
Sem ver na paisagem
Conclusão pra o que penso.
Antecipo o prazer de esculpir
A realidade sem sorrir,
Alego emoção perante o vinil
De um antigo disco,
Uma canção que me fazia
Dormir, as memórias são crianças
E nós o futuro delas,
Porventura diversos
Quanto o capital dos desejos,
As opiniões nossas, espelhos
Dos que se fecham
Sobre os olhos, cansados de ver.
Esta a hora que passo a cego,
Diverso-me agora, a julgar
Plo que escrevo ao espelho,
Excede-me o compreender …
Joel Matos (08/2017)
http://joel-matos.blogspot.com
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Se houvesse janelas no corpo
Se houvesse janelas no corpo,
Queria que fosse nos dedos,
Sentiria emoção palpando,
Assim diverso-me a julgar,
Sem ver na paisagem
Conclusão pra o que penso.
Antecipo o prazer de esculpir
A realidade sem sorrir,
Se houvesse janelas no corpo
Se houvesse janelas no corpo,
Queria que fosse nos dedos,
Sentiria emoção palpando,
Assim diverso-me a julgar,
Sem ver na paisagem
Conclusão pra o que penso.
Antecipo o prazer de esculpir
A realidade sem sorrir,