Confesso-me contínuo do espaço,
Tudo que faço, fazia dantes,
As pontes passam e eu sem
Mudar d’sítio qu’me sento, qu’faço
Do rio que passa por debaixo,
-Pedra, papel ou tesoura-
Pobre d’mim, supondo-me ponte…
Confesso à margem “leste” optar
Por esta, mais jovem que a
Outra, longínqua me parece,
Descontínuo é o rio que m’atravessa,
Normalmente caminho sobre ele,
Tudo que faço, fazia dantes,
Continuo alternando o que me
Define, erro é não reconhecer
O que me impele que atravesse,
O motivo, tão somente porque
Da ponte não passo, ela por mim sim,
Tempo é, de voltar a ser rio,
Cingindo-me às margens onde minhas
Mãos germinam, em espaços e rochedos
Contíguos à dor, ao sofrimento,
Conforto-me na tristeza, amo
Tanto quanto odeio a matéria de que faço
Parte, confesso-me feliz com o pôr-do-sol
E triste como um entardecer,
Continuo a regular-me plo visível e o que me
Explica cultivo debaixo de “totens” e pontes,
Tudo que faço, fazia dantes em parte,
Confesso-me …
Jorge Santos(02/2018)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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Em Parte, confesso-me …
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