Coroai-me de tudo
Quanto dói, rosas de espinhos
Pra me crer um crivo
Que vive cirandando
Nesse corpo pra morrer,
Pois ele me devolve
Tanto quanto sente,
Coroai-me de tudo que é feio
E do que é estranho, do sabor da pimenta.
Vivo no rosto dum estrangeiro
Vindo d’França, que ninguém entende,
Coroai-me de flores murchas,
E estas se julgarão gente dest’mundo
E donas do meu coração,
Já que por fora não pareço quem sou,
Coroai-me de espinhos tortos,
Vodu ou solidão ,
Consciência de broca,
Aquela de que me tornei
Amigo, ela me envolve
Do tecido com que é feita,
Antigo quanto a passagem
D’onde tudo volve e avança,
Excepto minha alma cansada
Duma vida de peneira andante …
Jorge Santos (04/2018)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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Vivo no rosto dum
Vivo no rosto dum estrangeiro
Vindo d’França, que ninguém entende,
Coroai-me de flores murchas,
E estas se julgarão gente dest’mundo
Vivo no rosto dum
Vivo no rosto dum estrangeiro
Vindo d’França, que ninguém entende,
Coroai-me de flores murchas,
E estas se julgarão gente dest’mundo
Vivo no rosto dum
Vivo no rosto dum estrangeiro
Vindo d’França, que ninguém entende,
Coroai-me de flores murchas,
E estas se julgarão gente dest’mundo