Adorava que a simples consciência da tua existência não constituísse o peso mórbido que me sufoca a epiglote. O peso do desejo ávido em ter-te como exclusivamente minha.
Sou o teu amor perdido. Vejo-te a seguir os trilhos da tua vida, ainda que, a sintas incompleta. Sim, eu sei disso. Sei também que passas-te a contornar os caminhos que pisámos.
Somos o casal estranho, que teima em engolir um amo-te depois de uma discussão. No fundo, estamos sempre a dizê-lo, até quando o grito da minha voz preenche a sala.