Sempre que ouço o telefone tocar, fico apreensiva. Na verdade, entro em pânico, porque nem sempre a mensagem traz uma notícia boa. Mas não vai ser de um telefonema recebido que vou contar, mas sim o telefonema que dei para uma amiga, que também se chama Deborah. Nunca foi tão difícil falar com ela, como nesse dia. Foi mais ou menos assim: Liguei para falar com a minha amiga Deborah e quando atenderam, o diálogo que se desenrolou foi o seguinte:
- Alô, eu queria falar com a Deborah!
Do outro lado da linha alguém responde:
- É a Débora?
-É a Débora!
- E aí, quem fala?
- É a Deborah!
Ao que eu respondo:
- Sim, aqui é a Débora! E aí, quem fala?
- Aqui é a Deborah!
Ao que eu respondo: Aqui também é a Débora!
-É a Débora? Pensei que iria enlouquecer, mas depois de tantas perguntas, em que não havia entonação nas perguntas e respostas, chegamos a conclusão que éramos duas Déboras ao telefone.
Débora Benvenuti
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