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Certo dia, o Erro e a Culpa cometeram um ato indigno aos olhos do Criador. O Erro tinha noção do que estava fazendo, acreditando que a Culpa não era tão culpada assim. Com esta visão embaçada do que era certo e do que era errado, se amparou na Culpa, sem admitir o erro que cometera. Por este motivo, todos acreditaram que o Erro ainda era sábio, pois estudara muito para obter uma qualificação em seus estudos e mesmo que tivesse a visão entorpecida por um sentimento do qual acreditava que existia, em algum momento de sua vida ele entenderia o mal que havia feito a si mesmo e a todos que o amavam. Somente o Tempo seria capaz de mostrar a ele o caminho que devia seguir e então, com a experiência adquirida com o passar do tempo, e obcecado pela a Culpa, que estava sempre ao seu lado, como uma companheira que não o deixava sossegar, talvez chegasse a conclusão de que o erro que cometera poderia ser revertido, se obtivesse o Perdão daqueles a quem ele havia magoado.
Débora Benvenuti
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