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A Expectativa era um sentimento
que vivia latente
e se fazia presente
em todos os momentos.
Chegava de repente
e assumia um papel
tão enervante,
que desarmava qualquer
semblante.
Muitas vezes era tão inquietante,
que por mais que se quisesse
dela se desfazer,
não se encontrava um jeito
disso acontecer.
E ela sabia muito bem
o poder de sedução
que exercia,
qualquer que fosse a situação.
Nesse momento ela não se continha
e ia aumentando sua pressão,
até explodir de emoção.
Quando conseguia o seu intento,
deixava o ar tão tenso,
que até respirar,
se tornava um tormento.
O coração batia tão fortemente
que dava para escutar
o oscilar ofegante,
do ar que se infiltrava
pelas narinas sibilantes.
Aquele aperto na garganta
ia dando um nó tão fortemente,
que fazia a mente escurecer
e o chão desaparecer.
Depois vinha a calmaria
e a Expectativa desaparecia
bem assim como surgia.
Deixava na sua passagem
um vendaval de emoções
que estraçalhavam qualquer coração.
Quem com ela convivia todo o dia,
sabia o mal que ela fazia,
mas não conseguia
se desfazer dessa agonia,
que a todos consumia,
pelo menos uma vez ao dia.
Débora Benvenuti
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