Lembro-me tão bem daquele amor que em tempos me transformou numa super heroína. Era vê-la incansável a mover montanhas a bater o pé tal bandeira hasteada a reivindicar que nada a demovia de amar aquele homem. Vieram as gárgulas, as sereias matreiras, as bruxas com as garras de fora e os ogres, mas ela derrubou-os e a cada combate mais forte se tornava aquele amor. Era ele o meu proposito, a minha criptonite mas também quem me nutria.
Ela virou costas a tudo o que era contra o que o seu coração pedia, como se o seu coração apenas batesse devido à força daquele amor.
Foi assim durante infinitas temporadas, foram as batalhas cada vez mais cortantes, a força dela já não chegava porque ele nunca vestiu a capa. Que amor sobrevive por meio do egoismo? Que amor prospera quando não é regado? Amor dúbio que destrói qualquer coração adornado de sentimento.
E foi assim, como seria de prever que aquele amor dos velhos tempos forte e destemido pronto para enfrentar a fúria, com o tempo tornou-se débil. Pobre furação que se dissipou, perdeu a energia e murchou.
Ela tirou a capa e nua em frente ao espelho lavada em lágrimas decidiu ser a sua super heroína. Ele… bom, ficou com saudades dela!!!
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