Ontem tive a certeza de que a incerteza constante nos é inerente e irrevogável, não só no novo pequeno temeroso, não só no velho esquecido e teimoso, apenas se manifesta mais livremente nessa idade.
Ontem ao olhar o mar, contemplar as estrelas e ler acerca da vastidão das terras e daquilo que nos é apenas sonho, tive a certeza irrevogável da perene, insistente, permanente, incerteza. Aquele remoer no fundo dos ossos. A dúvida constante ao virar a esquina, o medo inconstante e errático. Tão certa quanto a incerteza me permite, tão confiante quanto me baste.
E bem no fundo, nas entranhas, nos arrepios, entre caminhos os sombrios, a moinha antes da resposta, a questão engasgada na faringe, a incerteza permuta, esperando.
Sempre presente em ausência se esconde, incerto o caminho que percorre, o porquê de engasgar de vês em vês.
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