Vermelho floresceu, arrebatando o gosto e cobrindo a amargura existente.
Tingindo as rosetas e aquecendo o sangue!
Fazendo palpitar as pontinhas dos dedos, como se de sensores com urgência de encontro se tratassem.
"E que fazes tu nessa transformação etilizada?" - Eu desencontro-me... (e rio-me da minha "sorte")
Entre Presente, Passado, Razão e Desejo! Entre a história que foi mal escrita, ou por mim mal lida (vejo isso agora)
Tanto esforço, tanta persistência para fazer sobressair o melhor de mim.
E o que vejo agora? - Um buraco fundo no estômago - Sem fome, sem sede e com a dormência da falta de tudo isso.
AH! Mas eu consegui chegar ao melhor de mim mesma!!!Quantas e quantas vezes me superei?! Quantas me deixei afogar para renascer novamente...? Quantas e quantas... (Perdi-me de vez por aí, em tantas mortes de mim mesma..)
E em retalhos me apresento, tanto custo, tanto esforço pelo certo, pelo correcto. Pela honra em mim mesma. Morri, morri mil vezes de certeza e a alma foi-se rasgando, foi-se retalhando com almas de outras vidas que vivi e que foram morrendo também.
(E eu só não sei quantos anos se passaram...)
O copo entornou o seu conteúdo por fim. A nódoa deixada, mesmo após lavagem ficou.
Resta saber. Que faço eu agora com este pano?
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