Enquanto a música tocava, eu ia-me dando, sem jamais me aperceber do quanto isso me ia marcar. Enquanto brindávamos à nossa felicidade, tu fazias o teu ar mais sério a tentar disfarçar o sorriso que queria surgir. E eu ria, como sempre, nas minhas gargalhadas tolas.
O tempo (mais uma vez), esse tempo. Deu as mãos com o contratempo. E deu confusão.
Ainda dou por mim, enquanto leio livros, a passar os olhos por cima destes e a procurar-te... Por vezes distraio-me e oiço-te praticar as tuas peças, mas a visão trás me à realidade, e ali não estás.
Foram-se essas melodias, foram-se até os cigarros, que pelos quais refilavas carinhosamente: "não precisas disso!", mas que nunca te fizeram retrair nos beijos. Foram-se esses também...
Vai, vai para o teu lugar, que eu vou para o meu. Porque o tempo, não era o nosso.
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