Banal e repetida existência

 

Banal e repetida existência

Portuguese

Esmagador 

Ensurdecedor 

Este silêncio absoluto 

E o absurdo 

Desta banal e repetida 

Existência 

Corrói, como ácido, 

Todo e qualquer equilíbro. 

 

Caminho em direcção ao Caos. 

E a desordem total 

Apodera-se de mim. 

Gosto de sentir a liberdade 

Em estado puro. 

 

Mas 

É demasiada e dói. 

Queima. 

Quero um pouco menos. 

Um pouco menos de tudo. 

Um pouco menos de nada. 

Um pouco menos disto. 

 

 Estou condenada à trivialidade 

Da minha própria mente 

Como um corredor da morte 

Que acaba num completo acaso 

Na completa falta de sentido. 

Neste quarto existem 

Buracos negros

Vazios que doem. 

Silêncios que gritam. 

Lacunas por preencher.

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