Súbita morte

 

Súbita morte

Portuguese

Perdido na ociosidade, penso eu:

"Por que um deus há de me ter feito louco?"

É nessas horas que a luz atrai-me pouco

Viro um ser soturno, soçobrado em um breu

 

Trancafiado entre espinhos do meu imo

As paredes ao redor são infinitas

Me ouvem e dizem:"não importa o quanto gritas,

Sairás quando deixares este limo"

 

Queria eu controlar meu intelecto

E, enfim livrar-me deste mal espectro

Que aos olhos da razão me deixa cego

 

Acho a chave da tranca em meu estômago

Liberto-me da sordidez do meu âmago

E deixo uma mensagem: aqui jaz meu ego.

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