E foi assim...
que você surgiu no meu caminho,
tão de mansinho,
que mal percebi.
Fechei os olhos e te vi,
sentado ali, ao meu lado,
sem nada pronunciar,
somente a me admirar,
como um náufrago
numa ilha a se refugiar.
Nada dissestes,
nada fizestes,
somente os teus olhos
pareciam me desnudar
e a minha alma penetrar.
Surgistes do inesperado
e chegastes desarmado,
sem nada carregar,
somente no teu coração
tinhas algo a demonstrar.
E eu esperei esse momento,
sem saber ao certo,
se o que eu sentia
era tudo o que eu queria
ou se haveriam outras palavras
para descrever o que eu não sabia.
Sensações incertas,
novas descobertas,
sentimentos adormecidos,
e tão pouco conhecidos,
todos ali, sem fazer sentido.
E foi assim...
que viestes a mim,
sem eu te conhecer
e de ti nada saber.
E por ser assim,
continuo sem saber
se é isto que estou querendo.
E por ser assim...
estou só...te conhecendo...
Débora Benvenuti
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