FRIO
Quando coloco o dedo na ferida,junto-lhe milhoes de desculpas,escorrego na verdade e repito vezes sem conta a mesma palavra.
Sera por amor por raiva ou até por pudor que escondo a verdade,sou frio e cauteloso,e nunca me deixo enganar,ou pelo menos eu acho.
Quando me deito,raramento adormeço,fico a navegar e a sonhar acordado,sao horas dificeis, que consigo contabilizar.
Faço estragos quando confio demasiado nos outros,os outros sao quem nos enganam,esses sao como vampiros no escuro a espera para te morder,sacanas sem alma.
Mas no fundo eu até gosto,pois só assim é que sobrevivo,serei eu o caminho ou a porta para muitos,quem sabe.
Eles sabem,os que por mim ja passaram e que sem dó me passaram a perna e tentaram beber a minha custa,sim beberam, mas serao eles mais felizes.
No fim quando se fizerem as contas,tambem eu reclamarei as minhas,e estou certo que nao vai sobrar nada.
Serei implacavel e frio,sorrateiro e traiçoeiro,ou talvez nao.
LuizDaSilva
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