A mulher mais perigosa é a que sabe o que quer em silêncio.
A que se veste provocadoramente, se exalta em rebeldias, é a mulher mais pacifica, tudo mostra, expôr é a maior cobardia de tudo mostrar.
Talvez a mais perigosa de todas, é a mulher que lê, ela permite-se mais, num só momento.
Perigosa é a mulher que fuma, seja o que for, quando o quer, sem se prender e perder. É a que bebe, sobretudo sozinha, sabendo o que espera desse copo de vinho entre quatro paredes.
Perigosa é ainda a mulher que sai para o mundo que ela quer e não para o mundo que todos seguem.
Toda ela é um alerta, ninguém sabe o que lhe esperar. Tão dona de si que deixa de ouvir qualquer coisa, decide ouvir-se a si, pensar de si e a auto-conhecer-se.
Ela é um perigo, uma saia comprida que cobre umas ligas maravilhosamente provocantes. Ela sabe o que quer e não quer tudo. Ela fecha-se porque sabe que de pessoas com certezas erradas está o mundo cheio, que conselhos acertados todos pensam dar.
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