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Para escapar à tormenta de viver
Lancei-me ao eterno desconhecido,
Não sabendo se o Paraíso me iria receber,
Ou no fogo do Inferno ficaria perdido.
Que aconteceria à minha alma, era indiferente.
Existiria esta sequer, ou seria fantasiada?
Não importa, pois se somente solidão possui a mente,
De que serve ter alma? Não serve para nada!
Inferno, ou Paraíso, ou nada.
Finalmente feliz poderia ser
Se qualquer um me tivesse acolhido.
Porém, o momento mais triste da minha vida
Foi de novo ver que conseguia ver,
E ver que não tinha morrido.
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