Esse dia enfim chegou,
venho sorrindo lembrando-me do passado.
Vim tirar toda a angústia que te oprime,
não sentirá mais a saudade,
da qual fui responsável,
não serei mais uma lembrança de tempos idos.
Vim curar as feridas de teu coração, minha querida.
Minha presença te trará a segurança necessária,
nunca mais estará a beira do abismo que nos separava,
Nada é intransponível, nem o tempo,
agora sei que tudo faz sentido entre nós.
Sei que me queres, li tuas cartas,
só não podia ouvir teus prantos.
Tuas cartas manchadas, me asseguravam isso.
Chega de dor e silêncio,
a ausência deste amor, foi suprida.
Não chores mais, estou aqui para enxugar tuas lágrimas.
Ouvirei todas as tuas queixas,
todas as vezes que chorou,
sem esperanças que eu voltasse.
Teus belos cabelos, agora brancos como neve,
se igualam aos meus.
Quando enfim me encontrares,
saberás que existiu alguém,
que por ti sempre esteve esperando
e não mais sentirás,
esse teu coração suplicar amor.
No lugar dele, apenas um tampo,
encoberto pela poeira do tempo,
onde se lê com letras apagadas:
"Aqui jaz um coração que te amou tanto!"
Sempre me amou como eu te amo,
me esperou todo esse tempo e este coração que suplicava,
não mais ficará triste, será só alegria.
Vamos remover o tampo que o cobre,
a poeira do tempo tirar, avivar as palavras cicatrizadas,
que sem querer deixei nele.
"Aqui não mais um coração que amou,
pois ele ainda me ama, como você."
Gerson Araujo Almeida
(Poema inspirado em: Quem sabe um dia.
da poetisa e amiga Débora Benvenuti).
http://colchaderetalhos13.blogspot.com.br
Comments
Você,ainda me ama!
Quantos duetos fizemos juntos em nossos blogs! Cada um complementava o outro e tu,poeta Gerson,continua escrevendo lindamente,como sempre. Abraços poéticos!