Portuguese
Demasiadas palavras para quem pouco sente
Inverno trajado de primavera no peito dessa gente
Outros ventos
E mais do que o passado, a felicidade se vê ausente
É muita pressa para passos tão lentos
Os ossos pedem que haja cada vez menos
Quem, sem fonte, mais amor invente
Pois na boca treme a guerra dos amenos
E nem no inferno há cobra que tente
Matar o próximo com o próprio veneno
E podem escrever as mil palavras do amanhã
Poderão até, em vão, ser o consagramento
Mas quem rima sabe que há negro na mente sã
Quem brinca, sabe que o fim da vida é o pensamento
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